Mosambik sorgt sich über Welle der Fremdenfeindlichkeit in Südafrika

Captura de tela

Ein Fernsehbeitrag zu den Spannungen zwischen Einheimischen und Einwanderern in Durban. Foto: Screenshot, Dércio Tsandzana

Zwei in Südafrika wohnhafte Mosambikaner wurden getötet und Hunderte flohen aus Angst vor fremdenfeindlichen Übergriffen, die Anfang April aus der Stadt Durban in der Provinz KwaZulu-Natal gemeldet wurden.

Laut der Deutschen Welle Afrika „begann die Welle der Gewalt ein paar Tage nachdem der Zulu-König Goodwill Zwelithini, wichtigstes traditionelles Oberhaupt der Provinz KwaZulu-Natal, verlauten ließ, dass alle Ausländer ihre Sachen packen und Südafrika verlassen sollten.“

Nach der fremdenfeindlichen Rede des Königs begannen die Einwohner, ausländische Staatsbürger anzugreifen und „ihre Geschäfte zu plündern“. Die Welle der Gewalt dauert bereits seit Mitte März an und beunruhigt viele Afrikaner, vor allem Mosambikaner.

Ein paar Tage nach seiner Rede unterstreicht der Zulu-König seine Autorität, wie der mosambikanische BBC-Journalist Zenaida Machado erläutert:

O rei Zulu, Goodwill Zwelithin, diz que tem autoridade para criticar o nível de imigração na África do Sul, porque ele e o seu povo contribuíram para a libertação de África. No discurso – que terá alegadamente dado início aos ataques xenófobos de Durban – o rei começa por reconhecer que o seu povo é preguiçoso e não ouve. É por isso, segundo ele, que os imigrantes ganham espaço para se instalarem no país.

Der Zulu-König Goodwill Zwelithini sagt, er habe das Recht, den aktuellen Stand der Einwanderung nach Südafrika zu kritisieren, weil er und sein Volk zur Befreiung des Landes beigetragen haben. Zu Beginn der Rede, die als Auslöser der fremdenfeindlichen Angriffe gesehen wird, räumt der König ein, dass sein Volk müßig sei und nicht hören wolle. Der daraus resultierende Mangel an Arbeitskräften führe dazu, dass sich die Einwanderer im Land niederlassen könnten.

Eine der meistgelesenen Zeitungen Mosambiks legte ihren Fokus auf den Tod der mosambikanischen Opfer der fremdenfeindlichen Übergriffe:

Xenofobia na África do Sul – Dois moçambicanos mortos e dezenas de desaparecidos (‪#‎canalmoz)

Moçambicanos vítimas de xenofobia instalados em centros de acomodação na África do Sul – Cem moçambicanos querem voltar a Moçambique.

Maputo (Canalmoz) – Cerca de 270 cidadãos moçambicanos vítimas da xenofobia na cidade sul-africana de Durban foram instalados em centros de acomodação de estrangeiros, anunciou o Alto Comissariado de Moçambique em Pretória. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, deste número, mais de cem manifestaram interesse em abandonar a África do Sul e regressar a Moçambique.
“Mobilizámos o Alto Comissariado em Pretória e o nosso Consulado em Durban para fazer a avaliação no local e começar a preparar as condições de evacuação dos nossos cidadãos”, disse Fernando Manhiça, director de Assuntos Jurídicos e Consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à Rádio Moçambique (…)

Fremdenhass in Südafrika: Zwei tote und zahlreiche vermisste Mosambikaner (‪#‎canalmoz)

Mosambikanische Opfer der fremdenfeindlichen Übergriffe wurden in Flüchtlingslagern in Südafrika untergebracht. Hundert Mosambikaner wollen zurück in ihr Heimatland.

Maputo (Canalmoz) – Circa 270 mosambikanische Staatsbürger, die Opfer von Fremdenfeindlichkeit in der südafrikanischen Stadt Durban wurden, befinden sich zur Zeit in Flüchtlingslagern, ließ das Hochkommissariat von Mosambik in Pretoria verlauten. Laut dem Minister für Auswärtige Angelegenheiten und Zusammenarbeit Oldemiro Balói haben bereits mehr als hundert Menschen Interesse an einer Rückkehr nach Mosambik bekundet. „Wir haben sowohl das Hochkommissariat in Pretoria als auch unser Konsulat in Durban verständigt, sich von der Lage vor Ort ein Bild zu machen und die Ausreise unserer Staatsbürger in die Wege zu leiten“, sagte Fernando Manhiça, Leiter der Rechts- und Konsularangelegenheiten des Ministeriums für Auswärtige Angelegenheiten, im Interview mit Rádio Moçambique (…).

Analecto Machava erinnert an die Zeit der Apartheid und vergleicht sie mit der aktuellen Situation:

Durante o tempo do “Apartheid” nós abrimos as nossas portas (e janelas) para vocês entrarem e cá encontrarem refúgio de um dos mais opressores regimes que alguma vez o mundo viu! Por causa disso fomos vezes sem conta atacados e a nossa vida até regrediu! Hoje, depois de combatido o vosso opressor é assim que nos agradecem?

Während der „Apartheid“ haben wir euch Türen (und Fenster) geöffnet, damit ihr hier Zuflucht vor einem der damals weltweit härtesten Regime finden konntet! Aufgrund dessen wurden wir unzählige Male angegriffen und es verschlechterte sich sogar unser eigener Lebensstandard! Nachdem ihr nun euren eigenen Unterdrücker besiegt habt, ist das euer Dank?

Die Präsidentin des mosambikanischen Leichtathletikverbandes Shafee Sidat spricht von der Notwendigkeit einer mosambikanischen Union:

XENOFOBIA – ACORDA MOÇAMBIQUE

Recentemente assistimos [a] várias manifestações populares de repúdio, por exemplo, ao assassinato de Gilles Cistak, aos raptos, às regalias dos deputados… Pessoalmente não estou contra este tipo de práticas.

Mas a pergunta que não se cala, dentro deste meu coração que chora, é: onde andam, por estas alturas, essas manifestações? Onde anda a Sociedade Civil e as organizações e activistas sociais para se pronunciar e organizar uma manifestação neste período em que há relatos de moçambicanos e outros queimados vivos na vizinha África do Sul?

Nego-me a chegar à triste conclusão de que as recentes manifestações tiveram como mote o uso das pessoas para se atingir fins políticos e se alimentarem interesses individuais. Somos todos a favor da justiça e de toda a movimentação que visa o bem comum e o direito de toda a dignidade.  Reconhecemos o direito à liberdade como o maior direito do cidadão. Mas também não temos o direito de usar o povo para fins individuais. Vamos acordar e exigir o direito dos nossos imigrantes Moçambicanos

FREMDENHASS – MOSAMBIK, ERWACHE

In letzter Zeit gab es verschiedene Proteste, zum Beispiel nach der Ermordung von Gilles Cistac (Anmerkung der Übersetzerin: ein französisch-mosambikanischer Verfassungsrechtler), gegen Entführungen, gegen die Sonderrechte der Abgeordneten… Gegen all dies habe ich persönlich nichts.

Aber in meinem weinenden Herzen gibt es eine Frage, die nicht verstummen mag: Wo sind jetzt all diese Proteste? Wo sind die Zivilgesellschaft, ihre Organisationen und Aktivisten, um zu Protesten aufzurufen und diese zu organisieren, jetzt, wo von Mosambikanern und anderen Staatsbürgern berichtet wird, die in unserem Nachbarland Südafrika bei lebendigem Leibe verbrannt wurden?

Ich weigere mich, zu dem traurigen Schluss zu kommen, dass bei den jüngsten Protesten die Menschen lediglich instrumentalisiert wurden, um politische Ziele zu erreichen und individuelle Interessen durchzusetzen. Wir alle stehen auf Seiten des Gesetzes und hinter allen Bewegungen, die für das Gemeinwohl und das Recht auf uneingeschränkte Menschenwürde kämpfen. Wir erkennen das Recht auf Freiheit als das höchste Bürgerrecht an. Jedoch haben wir kein Recht dazu, das Volk für individuelle Interessen zu benutzen. Lasst uns erwachen und das Recht unserer mosambikanischen Migranten einfordern!

Der Fernseh- und Radiomoderator Sergio Faife zeigt sich angesichts dieser Situation betroffen und setzt sich für eine Union aller ein:

É com sentimento de dor e pesar que temos estado a acompanhar os casos de Xenofobia na vizinha ÁFRICA do Sul contra cidadãos estrangeiros no geral, e moçambicanos em particular.

É deplorável viver numa sociedade onde alguns podem ter o direito e poder de tirar a vida a um ser semelhante a si. É ainda preocupante quando dentro da nossa ÁFRICA não conseguimos ser tolerantes para com o nosso próximo. Basta a onda de todo tipo de violência no país, na região, no continente e no mundo. Devemos saber conviver na diversidade na base do respeito e irmandade colectiva.

STOP XENOFOBIA! @SergioFaife

Mit Schmerz und Bedauern haben wir die Fälle von Fremdenhass gegenüber ausländischen Staatsbürgern und insbesondere gegenüber Mosambikanern in Südafrika verfolgt.

Es ist bedauerlich, in einer Gesellschaft zu leben, in der einige Menschen das Recht und die Macht haben können, einem Mitmenschen das Leben zu nehmen. Es ist zudem besorgniserregend, wenn wir es in unserem AFRIKA nicht schaffen, unserem Nächsten gegenüber tolerant zu sein. Es muss Schluss sein mit der Welle jeglicher Gewalt im Land, in der Region, auf dem Kontinent und der Welt! Wir sollten zu einem auf Respekt und kollektiver Brüderlichkeit basierenden Zusammenleben in der Lage sein.

STOPPT FREMDENHASS! @SergioFaife

Bei Facebook schreibt Imtiaz Valá über den nötigen Druck, den die Mitgliedsstaaten der Südafrikanischen Entwicklungsgemeinschaft (SADC) auf die südafrikanische Regierung ausüben müssen:

A Humanidade não pode continuar a desumanizar-se!

Esta na hora dos países membros da SADC pressionarem,exigirem as Autoridades Sul-Africanas responsabilidades,Justiça e resposta dura por parte das Forças de Defesa e Segurança Sul-Africana contra os fomentadores e praticantes da violência,discriminação,xenofobia contra os nativos descendentes e estrangeiros.O Estado Sul-Africano possui meios repressivos e legitimidade para estancar com esta onda de desumanidade.  A Humanidade não pode continuar a fracassar!

‪#‎BASTA, ‪#‎CHEGA DE ‪#‎VIOLÊNCIA!
‪#‎ABAIXO ‪#‎DISCRIMINAÇÃO!
#ABAIXO ‪#‎XENOFOBIA!
‪#‎VIVA A ‪#‎DIGNIDADE E O ‪#‎SER ‪#‎HUMANO!

Die Menschlichkeit darf sich nicht weiter entmenschlichen!

Es wird Zeit, dass die Mitgliedsstaaten der SADC auf den südafrikanischen Staat Druck ausüben und von ihm verlangen, dass er Verantwortung übernimmt, Gerechtigkeit walten lässt und seine Verteidigungsstreit- und Sicherheitskräfte kompromisslos gegen Drahtzieher und Täter von Gewalt, Diskriminierung und Fremdenhass gegenüber Nachkommen der Ureinwohner und Ausländern vorgehen lässt. Der südafrikanische Staat verfügt über repressive Maßnahmen und ist dazu berechtigt, dieser Welle der Unmenschlichkeit ein Ende zu setzen. Die Menschlichkeit darf nicht weiter auf ihren Untergang zusteuern!

GENUG, ES REICHT MIT DER GEWALT!
NIEDER MIT DER DISKRIMINIERUNG!
NIEDER MIT DEM FREMDENHASS!
ES LEBE DIE WÜRDE UND DER MENSCH!

Zee Mavye kritisiert die Form, wie ihre Mitbürger zahlreiche Fotos von den fremdenfeindlichen Übergriffen in Südafrika in den sozialen Medien teilten:

Não sinto nenhuma solidariedade nas pessoas que postam imagens chocantes de estrangeiros vitimas de [xenofobia] na RSA. Por favor, essas imagens são chocantes e arrepiantes que me pergunto de onde tiram vocês a Forças de irem buscar tais imagens e fazerem uma publicação. É certo que cada um tem a sua forma de se manifestar perante um determinado fenómeno, mas não me cabe ver essas imagens como gesto de solidariedade.
É brutal e duplo o sentimento de quem tem familia nessa terra é a ver imagens expliscitas.
Poupem-nos, por favor.  Apelo de uma irmã, ex-esposa, Tia é cunhada de vitimas de [xenofobia].

Ich fühle keine Art von Solidarität mit den Personen, die schockierende Bilder von Ausländern, die dem Fremdenhass in Südafrika zum Opfer gefallen sind, posten. Ich bitte euch! Diese Fotos sind schockierend und schauderhaft und ich frage mich, woher ihr die Kraft nehmt, solche Bilder zu suchen und zu veröffentlichen. Sicher, jeder hat seine eigene Art, sich mit einem bestimmten Ereignis auseinanderzusetzen, aber ich schaffe es nicht, diese Bilder als Geste der Solidarität zu sehen.
Es ist brutal und doppelt schmerzhaft für Familienangehörige, solch eindeutige Bilder zu sehen.
Erspart es uns, bitte! Aufruf einer Schwester, Ex-Frau, Tante und Schwägerin von Opfern [des Fremdenhasses].

Ebenso bei Facebook hinterfragt Jorge Matine die Haltung der Regierung und ihre Hilfe für die Mosambikaner in Südafrika:

Senhores postar Não a xenofobia é um bom gesto mas não basta. Alguém pode dizer se existe um centro de trânsito aberto no nosso território nacional? Alguém sabe dizer se a cruz vermelha está com equipe e centro de operações activado? Alguém sabe dizer se existe um número do consulado de Moçambique disponível para informações adicionais e ajuda? Alguém sabe dizer se na fronteira de Ressano Garcia temos equipes conjuntas de guarda fronteira, alfândegas, polícia e migração reforçadas e informadas sobre assistência a dar? Os governos de Gaza e Inhambane tem algum plano para orientar as pessoas que serão repatriados de ressano Garcia para as províncias de origem?

Lieber Politiker, ein „Nein“ zu Fremdenhass zu posten, ist eine schöne Geste, aber sie reicht nicht. Weiß jemand, ob es in Mosambik eine offene Anlaufstelle für Rückkehrer gibt? Wurde das Rote Kreuz verständigt und für den Einsatz ausgerüstet? Hat das mosambikanische Konsulat eine Telefonnummer geschaltet, unter der zusätzliche Informationen und Hilfe angeboten werden? Wurden in der Grenzstadt Ressano Garcia Grenzschutz, Zoll, Polizei und Migrationsbeamten verstärkt und sind sie darüber informiert, welche Hilfestellungen sie geben sollen? Haben die Verwaltungen der Provinzen Gaza und Inhambane irgendeinen Plan, um die Rückkehrer von Ressano Garcia aus in ihre Heimatprovinzen zu bringen?

Als Folge dieser Attacken kamen auch Reaktionen aus anderen Ländern, die Opfer zu beklagen hatten. Die nigerianische Terrorgruppe Boko Haram droht damit, alle in ihrem Land wohnhaften Südafrikaner zu töten, sollten diese fremdenfeindlichen Übergriffe nicht innerhalb von 24 Stunden gestoppt werden:

Boko Haram lança uma fita afirmando que dá 24 horas ao governo sul-africano para por fim aos ataques xenófobos. E mais, caso o Governo sul-africano não contenha a situação, aquele movimento promete executar todos sul-africanos residentes na Nigéria, Chad e outros países vizinhos

In einer Videobotschaft lässt Boko Haram verlauten, dass sie der südafrikanischen Regierung 24 Stunden einräumt, um die fremdenfeindlichen Übergriffe zu stoppen. Ansonsten, verspricht die Terrorgruppe, werde sie alle südafrikanischen Staatsbürger in Nigeria, im Tschad und in anderen Nachbarländern töten.

Trabalhadora da empresa SASOL onde os sul-africanos foram expulsos,  na província de Inhambane, Foto: captura de tela/Dércio Tsandzana

Arbeiterin des Unternehmens SASOL, aus dem Südafrikaner vertrieben wurden, Provinz Inhambane, Foto Screenshot, Dércio Tsandzana

In Mosambik wurden südafrikanische Arbeiter aus einigen Unternehmen vertrieben, wie im Blog Macua berichtet wird:

(…) um número significativo de cidadãos de nacionalidade Sul Africana que trabalhavam na Sasol, isto no distrito de Temane, província de Inhambane, sendo expulsos por moçambicanos naquela empresa. Não houve registro de agressões, foi uma expulsão pacífica (…)

(…) eine große Zahl südafrikanischer Arbeiter wurde in dem Unternehmen Sasol im Distrikt Temane, Provinz Inhambane, von Mosambikanern aus ihrer Arbeitsstätte vertrieben. Zu Ausschreitungen soll es dabei nicht gekommen sein, die Aktion verlief friedlich (…)

Die Nachricht wurde ebenso bei Twitter diskutiert:

Mosambikanische Regierung ruft Hilfsmannschaft zur Unterstützung wiederkehrender Fremdenhassopfer aus Südafrika ins Leben.

Sag „Nein“ zum Fremdenhass, für ein noch vereinteres Afrika.

Fremdenfeindlichkeit kann als die Angst, die Abneigung oder tiefe Antipathie gegenüber Ausländern definiert werden, als Misstrauen gegenüber fremden Menschen, die anders sind oder aus einem anderen Land kommen.

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